“Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas as coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?”

É como se nada fosse, como deveria ser.

As pessoas estão erradas, as atitudes estão erradas, os sentimentos são complexos, e por fim, existe essa eterna e frustrante falta de amor.
Hoje em dia, não podemos mais dar ao luxo de entregar o coração a uma paixão, afinal nós, aos poucos aprendemos a conviver com o egoísmo.
Mundo hipócrita, onde o “cada um por si’’ ainda é válido. Tudo gera um único fruto, a solidão, minha velha e fiel companheira. Não estou reclamando, afinal, se estou sozinha, é pelo simples fato de querer estar.
A solidão é uma opção que não acontece por falta de coragem para lutar, e sim, por medo. Medo desse amor não ser recíproco, gerando mais vergonha, frustrações e mágoas. A solidão é algo que está na natureza do ser humano, pois hoje, o amor próprio que gera a insegurança nos impede de confiar, de entregar o seu coração, á outra pessoa á não ser você mesma.
Mas não enxergo a solidão como algo maléfico para mim, muito pelo contrario, a solidão é confortável, é segura. Só existe um único ser dentro da solidão. E é nesse ser que podemos confiar plenamente e constantemente, pois temos certeza que esse ser NUNCA vai nos decepcionar. É claro, esse ser, somos nós mesmos. A solidão opcional, dentro dela não existe falsidade, você consegue ser você mesma, sem ter que cumprir exigências impostas pela sociedade que vive de amor próprio e de egoísmo.

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Queria poder imaginar que tudo isso foi um pesadelo, um sonho muito ruim e que não quero nem lembrar.
Mas não, foi tudo real... com pessoas reais, sentimentos reais - um jogo de ganhar e perder.
O conto de fadas mal-contado, acabou!
O príncipe do paraguai caiu do cavalo, as fadas mostraram-se ser na verdade, bruxas.
Depois de um tempo tentando entender toda essa história triste, cheguei a conclusão que nunca vou entender - não sabemos o que se passa na cabeça das pessoas. Até que ponto estão nos enganando? será que estão sendo sinceras e verdadeiras? Não vamos saber, até que a pessoa mostre sua verdadeira face, e isso só acontece quando precisamos de verdade dela.
Criamos expectativas ilusórias, das quais nos fazem sofrer ainda mais, nos sentimos traidos e humilhados, pensando que não existe o tal verbo "amar".
A dor da decepção eu sei que não mata, mas cria feridas das quais demoooram pra cicatrizar. Quando cicatrizam é pq já nos fortalecemos e aprendemos com a situação.

Quem disse que seria fácil?? 
Não foi e nem está sendo.
A minha ferida está longe de cicatrizar, ela ainda sangra, a dor é tanta que chego a chorar - não cabe dentro de mim.
Mas estou aqui, na luta.
Cada dia é um desafio... uma lágrima a menos no meu choro, um sorriso a mais no meu dia... aos poucos meu castelo desabado, vai se reerguendo.


"Não está faltando homens ou mulheres, está faltando amor."